Assim, em 1954, deixou sua cidade natal, Fortaleza, e partiu rumo ao Rio de Janeiro com o objetivo de aprender balé clássico e abrir a primeira escola desse gênero em sua cidade. Aos 30 anos, iniciou seu aprendizado em uma academia renomada, compartilhando a sala com crianças e adolescentes. Em seguida, começou a ensinar a técnica em um salão de ginástica.
A iniciativa de Regina foi bem-recebida pela sociedade cearense, que lotou suas aulas em busca de postura e elegância. Com a crescente demanda, novas turmas surgiram e seu negócio floresceu. Regina também buscava aprimoramento constante, viajando para o Rio de Janeiro nas férias em busca de mais conhecimento.
A bailarina cearense ficou conhecida por conectar o Ceará ao cenário da dança nacional, colaborando com diversos profissionais renomados. Ao lado de suas alunas, percorreu o interior do estado e até teve um programa televisivo, “Na Ponta dos Pés”, na primeira emissora local.
Regina não deixava sua vida pessoal de lado, pois sua academia dividia espaço com a residência de sua família. Suas filhas também seguiram seus passos na dança, tornando-se expoentes em diferentes estilos. Após uma vida dedicada à dança, Regina faleceu aos 101 anos, deixando um legado de amor e dedicação à arte para suas filhas, netos, bisnetos e alunas.
Dona Regina, como era carinhosamente chamada, ensinou não apenas passos de dança, mas também a importância de lutar por aquilo que se ama. Sua vida foi celebrada em uma comovente missa de sétimo dia, onde diferentes gerações dançaram ao som de sua música favorita, em homenagem a uma vida dedicada à dança e ao amor.
