Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ministérios federais desembarcam em MS para mediar conflitos fundiários com indígenas após uma série de ataques em áreas rurais

Nesta terça-feira (16), representantes do governo federal deixaram Brasília e desembarcaram em Mato Grosso do Sul com o objetivo de mediar conflitos fundiários que resultaram em uma série de ataques contra indígenas que ocupam áreas rurais reivindicadas como territórios tradicionais. As equipes dos ministérios dos Povos Indígenas (MPI) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) estão empenhadas em garantir a segurança e o respeito aos direitos das comunidades indígenas.

De acordo com informações do Ministério dos Povos Indígenas, no último fim de semana ocorreram pelo menos dois ataques a grupos guarani e kaiowá no Mato Grosso do Sul. O primeiro ataque foi registrado em Douradina, a aproximadamente 195 quilômetros de Campo Grande, no sábado (13). O segundo caso aconteceu na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I, que abrange parte dos territórios das cidades de Amambai, Caarapó e Laguna Carapã, no domingo (14).

A violência sofrida pelos indígenas durante esses ataques é preocupante e merece total repúdio. Um indígena foi atingido por um tiro em uma das pernas durante a tentativa de retirar os guarani-kaiowá da área conhecida como Panambi (GuyraKambi’y) – Lagoa Rica, em Douradina. Além disso, uma jovem também foi baleada na perna durante o ataque na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I, segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

As ações judiciais que impedem a conclusão do processo de demarcação das terras indígenas no Mato Grosso do Sul são um entrave para a resolução pacífica dos conflitos fundiários. Enquanto as comunidades indígenas reivindicam o reconhecimento de seus territórios tradicionais, os proprietários rurais contestam o processo, gerando tensão e insegurança na região.

Além de Mato Grosso do Sul, os ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos e da Cidadania também estão atentos aos conflitos envolvendo indígenas no Paraná e no Rio Grande do Sul. A escalada da violência e a falta de uma resposta definitiva por parte do Poder Público são questões que precisam ser urgentemente solucionadas para garantir a paz e a segurança das comunidades indígenas em todo o país.

Sair da versão mobile