A alta das bolsas americanas foi impulsionada pelo relatório de vendas no varejo dos EUA, que reforçou as expectativas de cortes de juros do Federal Reserve (Fed) em 2024. Além disso, os investidores estão digerindo os resultados da temporada de balanços corporativos do segundo trimestre.
No entanto, as ações ligadas a commodities estão puxando a desvalorização do Ibovespa, principalmente devido ao recuo do petróleo e do minério de ferro. A Vale é uma das empresas mais afetadas, chegando a ceder mais de 2,50% em um único dia. A expectativa desfavorável para o setor é reforçada pelos cortes na produção de cobre da Rio Tinto e os embarques de minério de ferro abaixo do esperado.
Para o mercado, as incertezas fiscais, o avanço das expectativas de inflação no Brasil e a possibilidade cada vez maior de cortes de juros nos Estados Unidos são pontos de atenção. Neste cenário, os investidores aguardam sinais sobre a política monetária brasileira durante a participação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em um evento no período da tarde.
Mesmo com a expectativa de atingir novos recordes no Ibovespa, os analistas destacam a importância de um quadro político mais estável e um aumento no volume de negociações. O Itaú BBA aponta alvos iniciais em 130 mil e 131.700 pontos, enquanto a análise gráfica indica suportes em 125.400, 123.300 e 121.400 pontos em caso de realização de lucros.
No fechamento parcial desta terça-feira, às 11h25, o Ibovespa registrava queda de 0,13%, com Petrobras e Vale liderando as perdas no mercado de ações. Ainda assim, a bolsa brasileira segue em um momento de expectativa, aguardando os próximos movimentos tanto do cenário interno quanto externo.