Número de motoristas com restrições na CNH por problemas de visão aumenta quase 80% em 10 anos, aponta Conselho de Oftalmologia

Um relatório divulgado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia revelou um aumento significativo no número de brasileiros com restrições na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) devido a problemas de visão. Nos últimos dez anos, houve um aumento de quase 80% nesse grupo, passando de 14,4 milhões em 2014 para 25,4 milhões em 2024.

De acordo com os dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), as restrições visuais correspondem a 91% de todas as anotações aplicadas a um total de 27,9 milhões de CNHs emitidas no país. O aumento nas restrições está relacionado a diversos fatores, como o envelhecimento da população, a exposição prolongada às telas de celulares e computadores, a incidência de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de hábitos alimentares inadequados e sedentarismo.

Os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Rio de Janeiro apresentam a maior proporção de CNHs com restrições em relação ao total de condutores. Já o Acre é o estado com o menor percentual de condutores com restrições visuais para dirigir veículos.

Além disso, o relatório também destaca os principais tipos de anotações relacionadas à visão nas CNHs dos brasileiros, como a obrigatoriedade do uso de lentes corretivas, restrições para dirigir após o pôr do sol e restrições relacionadas à visão monocular.

O processo de inclusão de anotações na CNH é feito pelo médico do tráfego durante a avaliação prévia para concessão ou renovação da habilitação. O profissional avalia a acuidade visual, campo de visão, capacidade de enxergar à noite, capacidade de reação ao ofuscamento provocado por faróis, entre outros aspectos.

Diante desses dados, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia ressalta a importância da saúde ocular para a segurança no trânsito e enfatiza a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce de doenças oculares. A orientação é que, ao identificar qualquer deficiência de visão, o motorista busque uma avaliação especializada com um oftalmologista para diagnóstico preciso e prescrição de tratamento adequado.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo