Repórter São Paulo – SP – Brasil

Renan Calheiros promete levar caso de monitoramento ilegal de opositores de Bolsonaro à Justiça nacional e internacional após revelações da PF.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) está determinado a levar à Justiça o caso do monitoramento ilegal de opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após a Polícia Federal revelar investigações sobre a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nesse sentido, Renan prometeu não só acionar a justiça brasileira, mas também recorrer a cortes internacionais.

Em suas redes sociais, o senador afirmou que as descobertas da PF são graves e podem ter prejudicado o trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a gestão do governo Bolsonaro durante a pandemia de covid-19. Renan também mencionou que tais informações justificariam a Procuradoria-Geral da República (PGR) reabrir apurações engavetadas pelo ex-procurador-geral Augusto Aras.

O escândalo da “grampolândia” envolve não só Renan Calheiros, mas também outros políticos e figuras públicas que teriam sido alvo desse monitoramento ilegal, incluindo parlamentares, servidores e jornalistas. A Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha para investigar essas acusações, com destaque para uma gravação que envolve o deputado federal Alexandre Ramagem e ex-presidente Bolsonaro discutindo estratégias para anular investigações.

O desenrolar desse caso levou a pedidos de arquivamento das investigações por parte de autoridades, como o ex-procurador-geral da República Augusto Aras. No entanto, em uma reviravolta, a ministra Rosa Weber determinou a continuidade do inquérito, que agora está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Portanto, a promessa de Renan Calheiros de buscar justiça em cortes nacionais e internacionais promete colocar luz sobre um escândalo de monitoramento ilegal que pode ter sérias consequências políticas e jurídicas no Brasil. O desdobramento desse caso certamente será acompanhado de perto pela opinião pública e pela classe política.

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