O inquérito resultou no indiciamento de seis pessoas, incluindo Júlia e Suyany Breschak, uma cigana apontada como mentora do assassinato. As advogadas responsáveis pela defesa de Júlia afirmaram que solicitaram que ela seja examinada por um psiquiatra forense e uma psicóloga jurídica, a fim de avaliar suas condições de saúde mental, solicitação que já foi aprovada pela juíza.
A defesa destacou que os laudos necroscópicos são inconclusivos e não apontam para morte violenta de Luiz Marcelo, ressaltando que os exames toxicológicos encontraram morfina e clonazepam em seu estômago, sem determinar a quantidade ingerida. A defesa questionou a falta de exames quantitativos das substâncias e ressaltou que não houve ingestão de veneno, mas a presença das substâncias no estômago da vítima.
O delegado responsável pelo caso afirmou que Júlia foi indiciada por homicídio qualificado por meio insidioso, pois utilizou morfina em grandes doses, um medicamento que pode ser fatal. Além disso, ela também será acusada de se apropriar dos bens do empresário, vender suas armas e cometer outros crimes como estelionato, associação criminosa e fraude processual.
A investigação apontou que Júlia teria envenenado Luiz Marcelo com comprimidos de morfina colocados em um brigadeirão. A polícia suspeita que ela tenha convivido com o cadáver do empresário por três dias, enquanto tentava transferir seus bens e realizar transações financeiras fraudulentas. Suyany Breschak, também indiciada, alegou que Júlia lhe devia uma quantia em dinheiro por serviços espirituais prestados e que a dívida era quitada mensalmente.
Com novas informações surgindo no caso, a investigação promete desvendar os detalhes que envolvem a misteriosa morte de Luiz Marcelo Ormond e o envolvimento de sua namorada no crime.