Descoberto em 1992, o cacto arbóreo de Cayo Largo era uma espécie rara limitada a uma pequena área dos Cayos da Flórida, um arquipélago no extremo sul do estado. Ao longo dos anos, a pressão exercida pela intrusão de água salgada na região, causada pelo aumento do nível do mar, a erosão do solo devido a tempestades e marés altas, além do consumo por mamíferos herbívoros, levaram à extinção dessa espécie icônica.
Jennifer Possley, diretora de conservação regional do Jardim Botânico Tropical Fairchild, destacou que o desaparecimento do cacto arbóreo de Cayo Largo pode ser um indicador do impacto das mudanças climáticas sobre outras plantas costeiras. Esse triste acontecimento foi documentado em um estudo publicado no Journal of the Botanical Research Institute of Texas.
A mudança climática causada pelas atividades humanas tem contribuído significativamente para o aumento do nível dos oceanos. O derretimento das camadas de gelo em montanhas e geleiras eleva o nível dos oceanos, e o aquecimento global provoca o aumento da temperatura marítima, fazendo com que a água se expanda.
O declínio da população do cacto arbóreo de Cayo Largo foi tão alarmante que especialistas relocaram os últimos exemplares para um novo local na tentativa de garantir sua continuidade. Essas plantas, que podem atingir mais de seis metros de altura, ainda são encontradas de forma restrita em algumas ilhas do Caribe, como o norte de Cuba e partes das Bahamas.
Os especialistas alertam que o aumento do nível dos mares não só submerge áreas costeiras, mas também provoca mais tempestades e inundações. Além disso, pode levar à extinção de mais espécies endêmicas e desencadear migrações em massa. O futuro do planeta depende de medidas urgentes para frear as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade do nosso planeta.