Segundo as informações apuradas pela PF, agentes da Abin teriam utilizado ferramentas de espionagem adquiridas pelo órgão para monitorar autoridades do Judiciário, do Legislativo, da Receita Federal e até mesmo jornalistas. Rodrigo Pacheco ressaltou a gravidade desse tipo de conduta, afirmando que os responsáveis por essas ações devem ser considerados “traidores da pátria”.
Durante a sabatina, realizada em São Paulo, o presidente do Senado expressou sua esperança de que o Poder Judiciário e os órgãos de persecução criminal possam esclarecer os fatos de maneira transparente e assegurando o direito à defesa para os investigados. Pacheco enfatizou a importância de se punir de forma efetiva as pessoas envolvidas nesse esquema de espionagem, classificando a conduta como uma séria violação da confiança da sociedade brasileira.
O relatório da PF também revelou que a estrutura da Abin teria sido utilizada para favorecer os interesses de dois filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan e o senador Flávio Bolsonaro. Os agentes responsáveis pelo monitoramento clandestino teriam buscado informações sobre investigações envolvendo os filhos do ex-presidente, segundo as conclusões da investigação denominada Abin Paralela, que teve seu sigilo retirado pelo Supremo Tribunal Federal.
Diante de toda essa situação, Rodrigo Pacheco frisou a necessidade de esclarecimento dos fatos e de punição para aqueles que desrespeitaram a legislação e agiram de forma ilegal. A revelação dessas práticas por parte da Abin durante o governo Bolsonaro colocou em xeque a credibilidade do órgão e levantou questionamentos sobre o uso indevido de informações sensíveis para atender a interesses particulares.