Repórter São Paulo – SP – Brasil

Violência policial em Goiás atinge patamar alarmante com tiros em jogador de futebol e aumento de mortes em ações policiais.

O estado de Goiás tem enfrentado um cenário preocupante de violência policial, com uma série de casos recentes de mortes causadas em ações das forças de segurança. Em uma das polêmicas mais recentes, o goleiro Ramón Souza, do Grêmio Anápolis, foi atingido por um tiro de bala de borracha disparado por um policial militar durante uma confusão no estádio Jonas Duarte. Segundo relatos, o jogador desmaiou e não deverá voltar a jogar neste ano.

O governador Ronaldo Caiado manifestou indignação com o ocorrido e determinou uma investigação rápida e detalhada sobre o caso. O policial responsável pelo disparo foi afastado de eventos esportivos e encaminhado para avaliação psicológica, conforme informações da gestão estadual. Além disso, a Corregedoria da Polícia Militar de Goiás abriu um inquérito para apurar o crime de lesão corporal.

Essa não é a primeira vez que a segurança pública em Goiás é alvo de críticas. Em junho, um vídeo que circulou nas redes sociais mostrou policiais militares cantando uma música com letras que incitam a violência, como assassinato e caça à testemunha. O governo Caiado afirmou que investe nas tropas de segurança para garantir a excelência no serviço prestado e corrigir eventuais excessos.

Desde que assumiu o governo em 2019, Ronaldo Caiado tem buscado se posicionar como um defensor da segurança pública. No entanto, os casos de letalidade policial aumentaram durante seu mandato. Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam que o número de mortes causadas por agentes de segurança superou 500 em todos os anos de 2019 a 2022.

Apesar das críticas, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirma que tem atuado para reduzir a letalidade nas ações policiais e instaura inquéritos para investigar possíveis abusos. A pesquisadora Bartira Miranda aponta a falta de preparo da corporação e critica o discurso eleitoreiro sobre as polícias, que não estaria contribuindo para melhorar os protocolos de atuação e reduzir a violência.

Em meio a essas polêmicas, a gestão de Ronaldo Caiado segue empenhada em manter a transparência e cumprir as diretrizes de segurança pública. Porém, a pressão da sociedade civil e dos órgãos de controle continua a cobrar ações mais efetivas no combate à violência policial em Goiás.

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