Candiota abriga a maior mina de carvão mineral a céu aberto do Brasil, com reservas significativas que impulsionam a economia local. No entanto, a pressão global por redução das emissões de gases do efeito estufa coloca em xeque o futuro da cidade, uma vez que o carvão é um dos principais vilões das mudanças climáticas.
Segundo relatos do prefeito Luiz Carlos Folador, cerca de 80% da economia de Candiota depende do carvão mineral. As usinas termelétricas alimentadas por esse combustível também são essenciais para a geração de energia na região. No entanto, a pressão internacional por redução das emissões coloca em risco a sobrevivência dessa atividade econômica.
Os moradores de Candiota vivem um clima de incerteza em relação ao futuro da cidade diante das pressões ambientais e das mudanças climáticas. O recente desastre natural que atingiu o Rio Grande do Sul intensificou o debate sobre os impactos do carvão na região e o papel da cidade nesse contexto.
Enquanto a comunidade científica e ambientalistas pedem o fim do uso do carvão mineral, representantes da indústria, como Fernando Luiz Zancan, da ABCS, defendem a necessidade de tempo para permitir uma transição energética justa. O debate sobre a sustentabilidade da indústria carbonífera em Candiota envolve questões ambientais, econômicas e sociais.
Diante da incerteza em relação ao futuro da cidade, os moradores de Candiota expressam preocupação com a possibilidade de um colapso na economia local caso a indústria do carvão seja encerrada abruptamente. Enquanto o prefeito e outros representantes locais buscam alternativas para diversificar a economia e buscar fontes de energia mais sustentáveis, a comunidade se vê dividida entre a tradição e a necessidade de se adaptar aos novos tempos.
Em meio a um cenário de ansiedade climática e incerteza, Candiota enfrenta um desafio crucial em relação ao seu futuro: equilibrar a tradição carbonífera com a necessidade de inovação e sustentabilidade para garantir o desenvolvimento da cidade e o bem-estar de seus habitantes.