De acordo com a funcionária, ela estava atendendo a outro cliente quando viu Rabello batendo na porta e exigindo o refil de sua pipoca. Após entregar o produto, o procurador reclamou que o refil deveria ter sido levado até ele na sala de cinema. A funcionária explicou que aquela não era a prática da empresa, o que teria irritado o homem. Ele teria ordenado que ela fizesse o que ele mandava, e, ao ser contrariado, começou a filmar a funcionária sem autorização, a chamou de incompetente, cuspiu nela e tentou agredi-la.
O gerente do cinema acionou a polícia, mas o procurador já havia deixado o local. Ele foi identificado posteriormente por meio do CPF registrado na nota de compra da pipoca. Rabello, que atua na Procuradoria de Direitos Difusos, Obrigações e Patrimônio do estado, teve sua atitude condenada pela Advocacia-Geral, que afirmou não compactuar com desvios de conduta de seus integrantes.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que, até o momento, ninguém foi conduzido à delegacia e que para dar início a uma investigação, a vítima deve comparecer à delegacia e formalizar a representação criminal contra o agressor.
O salário bruto de Rabello em maio foi de R$ 35,8 mil, levantando questões sobre o comportamento e a conduta de autoridades diante de situações de conflito. A sociedade espera por uma resposta adequada e a punição devido aos atos de violência cometidos, independentemente do cargo ocupado pelo agressor.