O incidente ocorreu em 22 de abril no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, quando Joca deveria ter sido enviado para Sinop, no Mato Grosso, mas foi embarcado por engano em um voo com destino a Fortaleza, devido a uma falha operacional da companhia aérea. Após ser informado do equívoco, o tutor João Fantazzini decidiu retornar ao aeroporto para se reunir com o cão, que foi posteriormente realocado em um avião com destino a São Paulo.
Imagens do embarque do animal foram gravadas pelos funcionários da GOL e enviadas ao passageiro. No entanto, ao desembarcar em Guarulhos, a equipe da companhia foi surpreendida com a notícia do falecimento de Joca.
A causa da morte do cão foi diagnosticada como um choque cardiogênico, conforme apontou um laudo da Faculdade de Veterinária e Zootecnia da USP. Segundo a médica veterinária Fátima Martins, responsável pela análise do laudo, o choque foi provocado pela queda do rendimento cardíaco, resultado da incapacidade do coração de bombear o sangue do animal, possivelmente desencadeado pela hipertermia.
Martins ressaltou que Joca tinha limitações cardíacas, mas não apresentava sintomas ou recebia tratamento. O estresse do voo teria sido um fator determinante para a fatalidade, sendo as condições cardíacas pré-existentes apenas agravantes da situação.
O caso gerou repercussão e levantou questionamentos sobre os protocolos de transporte de animais por companhias aéreas, além de deixar o tutor inconsolável com a perda de seu fiel companheiro. A GOL se pronunciou lamentando o ocorrido e prometendo revisar os procedimentos para evitar incidentes semelhantes no futuro.
