Repórter São Paulo – SP – Brasil

Comissão de Direitos Humanos aprova projeto de lei para incentivar diagnóstico de autismo em adultos e idosos, com destaque para subnotificação no Brasil.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou nesta quarta-feira (10) um projeto de lei que visa estimular a investigação diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em pessoas adultas e idosas. O projeto, de autoria do deputado federal Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), foi aprovado com parecer favorável do senador Romário (PL-RJ) e agora segue para votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

O TEA é um transtorno que afeta o desenvolvimento neurológico e pode acarretar em dificuldades na comunicação, problemas de socialização, além de um comportamento limitado e repetitivo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que uma em cada 100 crianças possa ser diagnosticada com o transtorno, o que reforça a importância da investigação diagnóstica em pessoas adultas e idosas, que podem estar subnotificadas.

Ao inserir o incentivo ao diagnóstico do autismo na vida adulta nas diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, o projeto busca conscientizar a sociedade sobre as formas de lidar com os desafios relacionados ao TEA. Sem um diagnóstico adequado e um atendimento especializado, as pessoas com o transtorno podem enfrentar dificuldades de interação social e estar mais vulneráveis a problemas como ansiedade e depressão.

O senador Romário ressaltou a importância do diagnóstico tardio e como ele pode impactar de forma significativa na vida das pessoas com TEA. Ele alertou para a necessidade de maior atenção para os casos de adultos e idosos, que muitas vezes não são diagnosticados corretamente. A conscientização e a busca por políticas públicas que incentivem a investigação diagnóstica do autismo em todas as faixas etárias são fundamentais para garantir uma melhor qualidade de vida para essas pessoas.

Portanto, o projeto aprovado pela CDH representa um avanço na busca pela garantia dos direitos das pessoas com TEA, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos especializados para uma melhor inclusão e integração social.

Sair da versão mobile