O concurso de arquitetura que selecionará o profissional responsável pelo projeto é uma iniciativa da prefeitura do Rio em parceria com o departamento fluminense do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Arquitetos negros do Brasil e de países africanos com assento no Cialp têm a oportunidade de participar da competição.
O vencedor do concurso receberá um prêmio de R$ 60 mil e terá seu projeto executado, enquanto o segundo e terceiro lugares serão premiados com R$ 30 mil e R$ 15 mil, respectivamente. O investimento total na construção do Centro Cultural Rio-África está estimado em R$ 30 milhões, com um orçamento de R$ 3 milhões destinado ao projeto arquitetônico.
Além de incentivar a valorização da arte e cultura afro-brasileiras, o centro cultural terá como objetivo promover reflexões sobre a ancestralidade e herança da diáspora africana. Gabriela de Matos, fundadora do projeto Arquitetas Negras, estará entre os membros do júri que elegerão os projetos vencedores.
Segundo Marllon Sevilha, coordenador do concurso, a participação exclusiva de arquitetos negros é uma forma de buscar representatividade e pertencimento no cenário da arquitetura. A escolha de um profissional negro para liderar o projeto reforça o compromisso com a inclusão e a diversidade, contribuindo para a ocupação de espaços que historicamente foram dominados por profissionais brancos.
A prefeitura do Rio ressalta a importância do Centro Cultural Rio-África como um espaço de valorização da cultura afro-brasileira e afirma que o projeto não visa competir com outros museus da região, mas sim enriquecer o cenário cultural da cidade. A previsão é que o resultado do concurso seja divulgado em 29 de outubro, dando início a uma nova etapa na valorização da identidade negra e na promoção da igualdade racial.