De acordo com o relatório da PF, que resultou no indiciamento do ex-presidente e mais 11 acusados de participarem do suposto esquema, as joias foram recebidas em razão do cargo pelo ex-presidente ou por comitivas do governo brasileiro atuando em seu nome em viagens internacionais. O sigilo do relatório foi retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (8).
A investigação revela que foram identificados pelo menos três kits de joias retirados através do avião presidencial. O primeiro kit incluiu duas esculturas douradas recebidas do Bahrein, seguido por um conjunto da marca Chopard contendo uma caneta, um anel e um par de abotoaduras. O terceiro conjunto de joias é composto por um anel, abotoaduras e um relógio Rolex.
Em relação aos casos de desvios de dinheiro citados na investigação, a PF destacou que o general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, recebeu valores em sua conta para ocultar a origem do dinheiro proveniente da venda das joias. A investigação mostra que US$ 68.000,00 foram depositados na conta bancária de Mauro Cesar Lourena Cid, provenientes da venda de relógios Patek Philippe Calatrava e Rolex Day-Date.
A PF continua a apuração dos fatos e novas informações podem surgir a qualquer momento. A sociedade aguarda, portanto, por mais esclarecimentos sobre esse caso que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras pessoas ligadas ao seu governo.