Implantação de sistemas de proteção contra cheias no RS precisa ser acelerada para evitar novas tragédias, alertam debatedores.

O estado do Rio Grande do Sul enfrenta atualmente a necessidade urgente de acelerar a implementação de sistemas de proteção contra as cheias, visando evitar tragédias como a que assolou a região em maio deste ano. Esse foi o consenso entre os debatedores que participaram de uma audiência pública promovida pela comissão temporária externa criada para acompanhar as ações de enfrentamento da calamidade no estado.

Durante o encontro, o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente do colegiado, destacou que as recentes enchentes afetaram mais de 2,4 milhões de gaúchos, causando a morte de 180 pessoas e deixando outras 32 desaparecidas. Além disso, as cheias impactaram significativamente a economia do estado, afetando cerca de 80% das atividades produtivas. Paim ressaltou a gravidade da situação, classificando-a como a pior tragédia climática já enfrentada pelo Brasil.

Segundo informações da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), o governo gaúcho propôs em 2012 a criação de sistemas de proteção para diversas bacias da região, porém, a implementação desses projetos ainda encontra obstáculos. O superintendente da Metroplan, Francisco José Soares Horbe, afirmou que a realização desses sistemas demandaria um investimento estimado em R$ 7 bilhões.

Para o senador licenciado Luiz Carlos Heinze (RS), é crucial acelerar os processos de implantação desses sistemas e ele defende a recomendação formal à União para a liberação de recursos federais destinados às obras de proteção. Já o relator da comissão temporária, senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), enfatizou a importância de priorizar os investimentos necessários.

Além disso, o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, informou que um comitê científico formado pelo governo estadual trabalha atualmente para aprimorar os projetos de defesa contra as cheias, levando em consideração eventos climáticos extremos como os ocorridos recentemente. Para ele, é fundamental garantir a eficácia dos sistemas de proteção e proteger a população em possíveis eventos futuros.

Diante desse cenário, é essencial que haja uma mobilização conjunta entre os diversos órgãos e esferas de governo para garantir a efetiva implementação dos sistemas de proteção contra as cheias no Rio Grande do Sul. A população aguarda com expectativa por medidas concretas que proporcionem maior segurança e resiliência diante de eventos climáticos extremos.

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