Segundo informações reveladas após a retirada do sigilo do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal identificou que as joias estariam em lojas nos Estados Unidos, aguardando compradores. No entanto, diante das investigações em curso sobre a venda ilegal dos itens e da determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para a devolução dos bens em março de 2023, os aliados de Bolsonaro teriam acelerado o resgate e enviado as joias de volta ao Brasil.
Durante a investigação, os agentes policiais conseguiram rastrear pelo menos três conjuntos de joias que foram resgatados. Um kit masculino da marca Chopard foi retirado de uma loja em Nova Iorque. Já um segundo kit, contendo um relógio Rolex de ouro branco, foi encontrado em um estabelecimento em Miami e retirado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. O terceiro conjunto de esculturas presenteadas por autoridades do Bahrein estava na residência do pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, general da reserva do Exército.
No entanto, um relógio da marca Patek Philippe ainda está desaparecido. A Polícia Federal apontou Mauro Cesar Lourena Cid como responsável por receber, em nome de Bolsonaro, os recursos provenientes da venda das joias. Os valores obtidos com as vendas seriam repassados diretamente ao ex-presidente em espécie, evitando os mecanismos de controle e o sistema financeiro formal.
A Agência Brasil está em busca de contato com a defesa de Jair Bolsonaro para obter mais informações e esclarecimentos sobre as acusações.