Com investimentos que ultrapassam os R$ 116 bilhões desde 2021, as operadoras de telecomunicações têm trabalhado arduamente para garantir a disseminação da tecnologia 5G. Por operar em frequências mais altas, o 5G requer a instalação de um maior número de antenas de pequeno porte, tornando necessária a presença de cinco a dez vezes mais antenas do que as utilizadas no 4G.
No mesmo período do ano passado, a tecnologia 5G estava disponível para pouco mais de 10 milhões de usuários em 150 cidades brasileiras. Desde então, mais de 1 milhão de novas linhas têm sido habilitadas mensalmente para a tecnologia. O edital da Anatel para o leilão 5G estabelece que até julho de 2025 todas as cidades com mais de 500 mil habitantes devem dispor da tecnologia, seguido de todas as localidades com mais de 200 mil habitantes até julho de 2026. Até julho de 2030, a expectativa é que o 5G esteja disponível em todas as cidades do país e em 75% das localidades rurais.
Apesar do avanço significativo da rede 5G no Brasil, a Conexis Digital Brasil também aponta desafios a serem superados. Entre eles, estão as legislações municipais defasadas que podem atrasar ou impedir a instalação de novas antenas. Apenas 501 municípios brasileiros possuem leis de antenas alinhadas à Lei Geral de Antenas, o que representa menos de 10% do total de municípios do país em conformidade com a legislação federal. As operadoras pedem regras mais claras e licenciamentos ágeis para garantir a expansão eficiente do sinal.
Apesar das barreiras encontradas, a tecnologia 5G apresenta uma vantagem em relação às redes anteriores ao possibilitar o uso de antenas pequenas, que podem ser instaladas em diferentes locais sem interferir significativamente na paisagem urbana. No entanto, devido à frequência mais alta e ao comprimento de onda menor, a rede 5G demanda a instalação de um maior número de antenas em comparação com outros tipos de sinais.