Uma aluna do terceiro ano do curso de Direito, Jamile Fernandes, confrontou Lula durante a inauguração, apontando que a obra ainda não estava totalmente concluída. Segundo ela, faltavam moradias estudantis, restaurante e auditórios, evidenciando que a universidade ainda não era totalmente acessível e inclusiva para todos os alunos.
Esta nova unidade da Unifesp em Osasco foi prometida por Lula em 2008, como parte de um programa de expansão do ensino superior federal. No entanto, as obras enfrentaram atrasos e apenas agora os principais prédios acadêmicos foram finalizados. A ala administrativa da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (Eppen) já está em funcionamento, mas a biblioteca ainda não foi concluída.
Durante o evento, o ex-ministro da Educação e atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a continuidade da construção de universidades, argumentando que até mesmo a Universidade de São Paulo (USP) ainda estava em constante desenvolvimento. Ele enfatizou a importância da presença de universidades federais em São Paulo, ressaltando o sentimento de pertencimento gerado por essas instituições.
Lula, por sua vez, usou as redes sociais para criticar os governantes que o sucederam, atribuindo os atrasos nas obras a “irresponsabilidades” e “falta de vontade”. Ele destacou a importância de investir em educação e infraestrutura, mesmo diante dos desafios enfrentados.
A Unifesp, em nota, explicou que houve um aporte de recursos ao longo dos anos, incluindo emendas parlamentares, que permitiram a continuidade e finalização das obras. O Ministério da Educação também anunciou um recurso adicional para a conclusão do câmpus de Osasco.
Diante das críticas e dos avanços na obra, o debate em torno da educação superior pública no país ganha destaque e reforça a importância de investimentos contínuos e eficazes no setor.
