A fatalidade ocorreu quando Boechat retornava de uma palestra promovida pela Libbs em Campinas, e o helicóptero em que estava caiu sobre um caminhão em um trecho do Rodoanel que dá acesso à rodovia Anhanguera.
Inicialmente, a indenização estipulada em primeira instância era de R$ 1,2 milhão, a ser dividida entre os filhos do jornalista, Paula Boechat e Rafael Boechat. No entanto, a Libbs alegou que não possuía responsabilidade sobre o acidente, pois o táxi-aéreo contratado era de outra empresa, responsável pela organização do evento.
O colegiado da 38ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo discordou da posição da farmacêutica, argumentando que era sua responsabilidade garantir a segurança do transporte do contratado, inclusive no trajeto de ida e volta da palestra em Campinas. O desembargador Spencer Almeida Ferreira destacou que a empresa assumiu a obrigação de realizar o transporte do jornalista.
Além de Ferreira, os desembargadores Fernando Sastre Redondo e Flávio Cunha da Silva também compuseram o corpo julgador responsável pela decisão.
Até o momento da redação deste artigo, não foi possível localizar os advogados da família Boechat nem da farmacêutica Libbs para comentar sobre o caso. A sentença proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo reforça a importância da segurança e responsabilidade das empresas em relação aos serviços prestados, especialmente quando a vida de terceiros está em jogo.
