O destaque dessa reunião foi a inovação de uma sessão conjunta dos Sherpas com representantes dos grupos de engajamento do G20, onde puderam transmitir suas prioridades aos altos representantes governamentais. Essa novidade faz parte do G20 Social, uma iniciativa brasileira que visa ampliar a participação de atores não governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20, culminando na Cúpula Social do G20, que ocorrerá de 14 a 16 de novembro, também no Rio de Janeiro.
Durante o encontro, os Sherpas discutiram o andamento dos trabalhos sob a presidência brasileira do G20, com especial foco nas duas forças-tarefa criadas: uma para estabelecer uma aliança global contra a fome e a pobreza e outra para promover uma mobilização global contra a mudança climática.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no G20, explicou como foram conduzidas as reuniões. Houve sessões de apresentação e discussão sobre temas de finanças, mudança climática e a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Além disso, foram abordadas questões geopolíticas mais controversas da agenda internacional visando a aprovação de resultados pelos ministros.
Um dos pontos altos da reunião foi a interação direta entre os Sherpas do G20 e os coordenadores dos grupos de engajamento da sociedade civil, abordando diversos temas relevantes, como gênero, inteligência artificial, trabalho decente, entre outros. A presidência brasileira do G20 inovou ao promover essa aproximação entre os representantes governamentais e da sociedade civil.
Na quarta sessão, os Sherpas discutiram os próximos passos para conduzir os grupos do G20 até a realização da cúpula em novembro, abordando a estrutura da futura declaração de líderes e a importância de gerar resultados nas reuniões ministeriais do G20 previstas para julho.
Essa terceira reunião de Sherpas sob a presidência brasileira do G20 foi marcada por sua inovação e pela busca de uma maior integração e participação da sociedade civil nas decisões e ações do grupo.
