Quebra de sigilo telefônico de Carlos Bolsonaro em investigação sobre Marielle Franco não aponta envolvimento do vereador no crime.

O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de uma investigação de quebra de sigilo telefônico e telemático pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação fazia parte do inquérito que buscava identificar os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Embora as interceptações tenham descartado o envolvimento de Carlos no crime, revelaram uma rede de contas de e-mail e redes sociais vinculadas a ele, bem como sua movimentação política. A suspeita sobre o vereador surgiu devido a uma discussão que ele teve com um assessor de Marielle meses antes do homicídio.

O pedido de quebra de sigilo telemático foi feito em dezembro de 2019 e focou em 21 aparelhos celulares e 11 números de telefone associados a Carlos, além de contas vinculadas a ele no Google e na Apple. Os relatórios indicaram que não foram encontradas informações sobre Marielle, mas detalharam a atividade política do filho do ex-presidente.

Durante a investigação, foi identificado que um dos telefones em nome de Carlos era utilizado por um de seus assessores na Câmara Municipal. Além disso, foram encontrados quatro endereços de e-mail vinculados ao vereador, sendo que um deles continha informações de login e senha de diversos perfis online.

A quebra de sigilo também revelou diálogos do assessor de Carlos orientando uma pessoa a não comparecer a um evento do Aliança pelo Brasil, sigla política apoiada por Bolsonaro. Apesar da investigação, não houve pedido de renovação da medida cautelar de interceptação.

A investigação em torno de Carlos ocorreu após a polícia descartar o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso. O inquérito original incluiu Bolsonaro após a apreensão de uma planilha que indicava a presença de suspeitos no condomínio onde ele morava, incluindo um dos assassinos confessos de Marielle.

Em conclusão, a investigação sobre Carlos Bolsonaro revelou detalhes de sua movimentação política e suas interações com pessoas envolvidas no caso de Marielle Franco. Apesar de não ter sido implicado no crime, o vereador teve sua intimidade e atividades monitoradas pela polícia do Rio de Janeiro.

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