Durante as buscas realizadas em Aracaju, foram apreendidos documentos e materiais que comprovam a exploração de pessoas socioeconômicamente vulneráveis. De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos estavam submetendo as vítimas a jornadas exaustivas de trabalho, com a falsa promessa de remuneração superior a um salário mínimo por semana. As vítimas eram obrigadas a permanecer mais de 10 horas por dia nas ruas, tentando vender produtos mesmo estando doentes.
Uma das constatações da investigação foi a ausência de contrato formal entre os exploradores e as vítimas, o que resultava na negação de direitos trabalhistas básicos, como pagamento de 13º salário, férias e recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O salário recebido pelas vítimas era inferior ao mínimo legal, comprometendo sua subsistência, principalmente no que se refere à alimentação.
Os crimes investigados estão relacionados à redução de pessoas a condições de trabalho análogas à escravidão. Além disso, o MPT e o Ministério do Trabalho e Emprego estão atuando para garantir que os exploradores paguem as verbas trabalhistas devidas às vítimas, visando restabelecer os direitos dessas pessoas que foram submetidas a essa situação de exploração.