Investigação nos EUA sobre nadadores chineses que escaparam de punição por doping antes da Olimpíada de Tóquio em 2021

O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal para apurar as circunstâncias que levaram 23 nadadores chineses a escaparem de punições por doping antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Essa situação levantou suspeitas sobre a conduta das autoridades antidoping e levou a World Aquatics a se pronunciar sobre o caso.

Segundo a organização reguladora da natação, o diretor executivo, Brent Nowicki, foi convocado para prestar depoimento no processo. Os atletas chineses, que tinham testado positivo para substâncias proibidas, foram autorizados a competir e até conquistaram medalhas durante os Jogos.

A pressão aumentou em maio, quando um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA solicitou ao Departamento de Justiça que iniciasse uma investigação antes dos próximos Jogos Olímpicos em Paris. A Agência Internacional Antidoping (Wada) foi duramente criticada por não tomar medidas contra os nadadores chineses e vem sendo cobrada por explicações.

Em resposta, o presidente da Wada, Witold Banka, afirmou em uma entrevista coletiva que a entidade seguiu todos os protocolos e investigou minuciosamente o caso, não encontrando evidências de irregularidades. No entanto, as críticas persistem e a entidade enfrenta um intenso escrutínio sobre sua atuação nesse episódio.

Diante desse cenário, a investigação criminal aberta pelo governo dos EUA promete trazer à tona mais detalhes sobre a conduta das autoridades antidoping e as circunstâncias que permitiram a participação dos nadadores chineses nas Olimpíadas de Tóquio. Esse caso reacende o debate sobre a integridade do esporte e a necessidade de medidas rigorosas para combater o doping nas competições internacionais.

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