Essa queda representou um recuo de 33,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas ainda assim foi o quarto melhor resultado para meses de junho, ficando atrás apenas dos recordes de 2021, 2023 e 2022. O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, destacou que o aumento nas importações de carros elétricos pode ser atribuído a uma antecipação de compras para escapar do aumento do Imposto de Importação sobre esses veículos.
Apesar da queda no superávit em junho, a balança comercial acumula um superávit de US$ 42,31 bilhões no primeiro semestre deste ano, o segundo melhor resultado desde o início da série histórica em 1989. As exportações cresceram levemente em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações foram impulsionadas pelos veículos elétricos.
No setor agropecuário, a redução nos preços impactou mais nas exportações, enquanto na indústria de transformação houve uma queda tanto na quantidade exportada quanto no preço médio. Já na indústria extrativa, que inclui minérios e petróleo, houve um aumento tanto na quantidade exportada quanto nos preços médios.
Apesar da revisão para cima na projeção de superávit comercial para 2024, as estimativas do governo ainda são mais pessimistas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit maior para este ano. A recuperação da economia e a estabilidade dos preços internacionais são fatores que devem influenciar o desempenho da balança comercial nos próximos meses.