Inaugurada primeira cidade provisória para vítimas de enchentes no RS: Centro Recomeço em Canoas abrigará 630 pessoas em casas modulares.

Na última quinta-feira (4), foi inaugurada a primeira cidade provisória para acolher as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O Centro Humanitário de Acolhimento, chamado de Recomeço, abriu suas portas em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O local, situado no pátio da Refinaria Alberto Pasqualini da Petrobras, começou a receber os primeiros moradores, a maioria deles vindos do próprio município de Canoas, um dos mais afetados pelas cheias.

Com capacidade máxima para 630 pessoas, o Recomeço adotou critérios familiares para receber os primeiros moradores, levando em consideração a presença de grupos como idosos, gestantes, pessoas com deficiência e pessoas com transtorno do espectro autista. A estrutura conta com 126 casas modulares, em uma área de 30 mil metros quadrados, próximo à estação do Trensurb.

As casas, de 17m² cada, são equipadas com cama de casal, beliches, cama de solteiro e berços, de acordo com as necessidades de cada família. A gestão do espaço ficará a cargo da Agência da ONU para as Migrações, com a alimentação sendo fornecida por uma empresa contratada pela agência e servida em um refeitório coletivo que pode acomodar até 450 pessoas.

Essa iniciativa faz parte do Plano Rio Grande de ações estaduais para minimizar os danos causados pelas chuvas e enchentes. As casas modulares foram doadas pelo Acnur (Agência da ONU para Refugiados) e montadas por especialistas com apoio do Exército. A área conta com 28 contêineres com banheiros, lavanderia, consultórios médicos e segurança provida pela Brigada Militar do RS e Secretaria de Segurança Pública de Canoas.

Durante a inauguração, o governador Eduardo Leite ressaltou que o cenário ainda não é ideal, mas que o centro humanitário representa mais um passo para reduzir o número de desabrigados no estado, que atualmente chega a 6.000. Além da cidade provisória em Canoas, estão previstos mais quatro centros de acolhimento em Porto Alegre, que devem receber um total de 3.700 pessoas.

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