Custo da cesta básica aumenta em 10 capitais brasileiras em junho, revela pesquisa do Dieese.

Em um cenário de incertezas econômicas no Brasil, a pesquisa divulgada hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que em junho, dez capitais brasileiras tiveram aumento no custo médio da cesta básica de alimentos. Esse dado reflete uma realidade preocupante para milhões de famílias que estão sentindo os impactos da crise.

O Rio de Janeiro foi a capital que apresentou a maior alta, com um aumento de 2,22% em relação ao mês anterior. Outras cidades como Florianópolis, Curitiba e Belo Horizonte também registraram aumentos significativos no custo da cesta básica. Por outro lado, Natal e Recife tiveram quedas expressivas nesse mesmo período.

Os principais responsáveis pelo aumento no custo da cesta foram o leite integral, a batata e o café em pó, que tiveram seus preços elevados na maioria das cidades pesquisadas. O Dieese ressaltou que o leite foi o item que mais aumentou de preço em junho, variando de 2,80% em Natal a 12,46% em Goiânia.

A cidade de São Paulo manteve sua posição como a que possui a cesta básica mais cara do país, com um valor médio de R$ 832,69. Esses números reforçam a necessidade de políticas públicas efetivas para garantir o acesso adequado a alimentos básicos para a população.

Diante desse cenário, o Dieese estimou que, com base no custo da cesta básica em São Paulo, o salário mínimo ideal para suprir todas as necessidades essenciais de um trabalhador deveria ser de R$ 6.995,44, ou quase cinco vezes o atual valor de R$ 1.412,00. Essa informação é alarmante e reflete a urgência de medidas que busquem promover a inclusão social e combater a desigualdade em nosso país.

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