Senado aprova projeto que obriga condomínios a comunicarem presença de animais silvestres em unidades residenciais para garantir segurança.

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) um projeto que visa implementar normas em condomínios para a comunicação sobre a presença de animais silvestres nas residências. O Projeto de Lei 267/2024, de autoria do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), propõe alterações no Código Civil para atribuir ao síndico a responsabilidade de criar uma norma, a ser aprovada em assembleia, que obriga os moradores que abrigam animais silvestres em suas casas a informar a administração do condomínio sobre essa situação, apresentando a documentação de regularidade da guarda imediatamente após a chegada do animal.

A relatora do projeto, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), emitiu parecer favorável à proposta, ressaltando a importância da gestão condominial na garantia da segurança dos moradores e na legalidade das atividades realizadas nas unidades residenciais. Ela destacou dados preocupantes, como a apreensão de 62,7 mil animais em 2022, um aumento de 6,4 mil em relação ao ano anterior, e o movimento de US$ 2 bilhões por ano no Brasil com o tráfico de animais silvestres, conforme informações da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).

A guarda de animais selvagens no Brasil é regulamentada por lei, desde que com autorização dos órgãos ambientais competentes. No entanto, a Lei de Crimes Ambientais proíbe o uso, a perseguição, a caça ou a captura desses animais. Damares enfatizou a importância de possuir animais de estimação de forma responsável, pois algumas espécies, especialmente os animais silvestres, podem representar riscos à segurança dos residentes, de outros animais e do ambiente local.

Agora, o texto será encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde passará por novas avaliações antes de seguir para votação em plenário. O projeto representa um avanço na legislação ambiental e na proteção dos animais silvestres no país, reforçando a necessidade de conscientização e responsabilidade por parte dos moradores de condomínios em relação à presença desses animais em suas residências.

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