A Usina Termelétrica São Paulo, com potência de 1.743,8 MW e movida a gás natural, é um projeto anunciado em 2022 pela empresa Natural Energia. Segundo a empresa, o Brasil necessita de fontes de energia firmes para complementar sua matriz energética, sendo esse o maior projeto do tipo em licenciamento ou construção no país. O início das operações está previsto para 2028, dependendo ainda de leilões do governo para compra de energia.
A usina tem enfrentado oposição judicial, com a suspensão do cronograma de audiências públicas em algumas ocasiões. Os opositores questionam os possíveis impactos na qualidade do ar e no abastecimento de água em uma região já afetada pelo estresse hídrico.
Em nota, o diretor do Instituto Arayara, Juliano Bueno de Araújo, afirmou que a termelétrica representa um risco para os recursos hídricos da capital paulista, alegando que o uso excessivo de água para o funcionamento da usina pode prejudicar a região. Por outro lado, a Natural Energia defende que as operações da usina serão sazonais e que a tecnologia empregada reduzirá a captação de água.
A empresa lamentou os protestos que impediram a apresentação do projeto e dos estudos ambientais, destacando que tais ações vão contra o princípio democrático de participação. O Ibama, responsável pelo licenciamento ambiental, ainda está analisando a nova data para a continuidade da audiência e não garantiu a realização do próximo encontro previsto para São José dos Campos. O embate sobre a construção da usina termelétrica em Caçapava continua sob intensa discussão e resistência por parte de diversos setores da sociedade.
