Presidentes de Londrina e Tombense negam irregularidades em jogo investigado pelo STJD diante da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas.

Na última quarta-feira (3), os presidentes dos clubes de futebol Londrina e Tombense, Getúlio Marques Castilho e Lane Gaviole, respectivamente, foram questionados pelos senadores durante depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. A investigação em pauta envolve a partida entre as duas equipes no dia 19 de maio de 2023, que vem sendo analisada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O Tombense saiu derrotado por 2 a 0 diante do Londrina, em um jogo que, à primeira vista, parecia ser mais um confronto normal da Série B do Campeonato Brasileiro. No entanto, um episódio chamou a atenção: um cartão amarelo foi mostrado nos acréscimos do jogo pelo árbitro Jefferson Ferreira de Morais ao zagueiro Wesley, do Tombense. Tal ação levantou suspeitas, visto que muitas apostas da cidade de Aparecida de Goiânia, onde o juiz reside, foram beneficiadas.

Durante o depoimento, os presidentes dos clubes afirmaram não terem percebido irregularidades na conduta do árbitro. Getúlio Castilho ressaltou que, na época da partida, a gestão do futebol estava a cargo da SM Sports. Já Lane Gaviole afirmou que não notou nada fora do comum nas advertências feitas ao longo do jogo.

Além disso, os senadores Romário e Jorge Kajuru questionaram os presidentes sobre outras suspeitas de manipulação envolvendo os clubes em investigação pelo Ministério Público do Estado de Goiás. Partidas como Sampaio Corrêa x Londrina e Criciúma x Tombense, ambas pela Série B de 2022, foram mencionadas durante o depoimento.

Diante das respostas dos presidentes, Kajuru e Romário levantaram a necessidade de incluir cláusulas nos contratos dos jogadores prevendo punições mais severas para aqueles envolvidos em manipulação de resultados. O caso do zagueiro Joseph, afastado pelo Tombense após suspeitas de envolvimento com esquema de apostas, foi citado durante as investigações.

Por fim, a veracidade das informações apresentadas e a conduta dos clubes diante das acusações levantadas continuarão sendo analisadas de forma criteriosa pelas autoridades competentes. A transparência e a integridade no futebol brasileiro são essenciais para preservar a credibilidade do esporte.

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