O prefeito Nunes negou ter convocado especialmente Milton Leite para intermediar a situação, afirmando que a relação entre empresas e trabalhadores não envolve a administração municipal. No entanto, a presença do presidente da Câmara foi crucial para o desfecho positivo das negociações.
Os representantes dos trabalhadores estavam decididos a paralisar as atividades, até que Leite entrou em ação. Após quase duas horas de reuniões com os sindicatos dos trabalhadores e das empresas de ônibus, um acordo foi finalmente alcançado.
O prefeito, ansioso diante da iminente greve e preocupado com possíveis transtornos para os 7 milhões de passageiros que dependem do serviço, viu com alívio o desfecho positivo das negociações. Segundo fontes próximas, Nunes temia o impacto negativo da paralisação às vésperas do início da campanha eleitoral.
Após o cancelamento da greve, um acordo foi anunciado com melhorias salariais para os trabalhadores, incluindo um reajuste de 3,6% retroativo a maio, e a promessa de um novo aumento em setembro. O vale-refeição também terá um reajuste e a jornada de trabalho será ajustada de acordo com a demanda dos funcionários.
Milton Leite, que tem sido peça-chave em situações de crise na cidade, comemorou o desfecho das negociações como uma vitória para todas as partes envolvidas. O presidente da Câmara lembra também de situações passadas em que foi chamado para mediar greves, demonstrando sua habilidade diplomática em momentos de conflito.
Essa não é a primeira vez que Milton Leite atua como mediador em situações de crise na cidade de São Paulo. Seu histórico como vereador e sua relação com empresários do setor de transporte, porém, têm sido questionados em investigações passadas. No entanto, sua atuação como negociador em conflitos como esse mostra a importância de um diálogo eficiente na resolução de problemas que afetam diretamente a população da cidade.
