Parcerias público-privadas na educação: mais debate e atenção necessários, afirmam especialistas ouvidos pela Folha.

As parcerias público-privadas (PPPs) na área da educação estão em ascensão no Brasil e têm despertado a atenção de especialistas e da sociedade. Projetos recentemente aprovados no Paraná e em São Paulo, juntamente com o interesse de outros estados e municípios em aderir a esse modelo, têm gerado discussões sobre os impactos da gestão privada nas escolas públicas.

De acordo com especialistas ouvidos, as PPPs geralmente transferem para os parceiros privados a administração não pedagógica das escolas. Alguns pontos sensíveis nesse tipo de gestão incluem a alimentação dos estudantes e o suporte a alunos com deficiência. Um exemplo disso é a PPP da educação de Tarcísio de Freitas em São Paulo, que prevê a construção de escolas e a administração dos serviços não pedagógicos, como a alimentação e o apoio a alunos com dificuldades de locomoção.

Especialistas alertam para a importância de analisar cuidadosamente os contratos estabelecidos nessas parcerias, garantindo a qualidade dos serviços prestados. A falta de debate com a sociedade e a ausência de mecanismos de participação social são apontadas como questões preocupantes por organizações que atuam na área da educação.

A implementação de PPPs na educação não se restringe apenas a São Paulo, estendendo-se para outros estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Projetos-piloto e estudos prévios são defendidos como necessários antes da ampla expansão desse modelo, visando garantir sua eficácia e mitigar possíveis impactos negativos.

A discussão sobre as PPPs na educação no Brasil continua em alta, com diferentes visões e perspectivas sendo debatidas. A atenção para a qualidade dos serviços prestados, o respeito aos direitos dos alunos e a transparência na gestão dessas parcerias são aspectos essenciais a serem considerados para o avanço sustentável desse modelo no país.

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