O confronto na Cidade de Deus ocorreu na região conhecida como Curral, onde a polícia encontrou os dois fuzis e os seis suspeitos feridos. Infelizmente, os suspeitos não resistiram aos ferimentos e foram levados ao Hospital Lourenço Jorge para receber atendimento médico.
Já na Maré, uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), teve como alvo o Parque União. A investigação realizada pela Polícia Civil revelou que a comunidade, influenciada pelo Comando Vermelho, era utilizada para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas através da abertura de empreendimentos.
Segundo a Polícia Civil, a associação de moradores da região também estava sendo utilizada pelos criminosos, que contavam com a participação de funcionários de órgãos representativos da comunidade. A operação visava cumprir oito mandados de busca e apreensão em endereços dentro e fora da comunidade, além de buscar dezesseis criminosos alvos de mandados de prisão emitidos contra traficantes locais.
Além das ações policiais, o ministro Edson Fachin, relator da ADPF 635 no STF (Supremo Tribunal Federal), visitou a cúpula da segurança pública do Rio de Janeiro um dia antes das operações. Fachin assistiu a apresentações da Polícia Civil e da Polícia Militar, onde pôde conhecer detalhes sobre as operações policiais e o funcionamento das câmeras operacionais portáteis.
Em nota divulgada pelo governo de Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, Fachin afirmou que o cenário vivido no estado não tem igual no restante do país e expressou esperança de que o novo plano de segurança do Rio possa servir de exemplo para todo o Brasil.