Novo projeto de lei de zoneamento permite construção de prédios sem limite de altura em bairros de São Paulo

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na última terça-feira (2) 40 emendas à nova Lei de Zoneamento da cidade, que possibilitam a construção do maior tipo de prédio possível em alguns dos bairros mais valorizados da capital paulista. Essas alterações ainda aguardam a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para entrarem em vigor.

Entre os locais que tiveram seu zoneamento modificado para ZEU, uma zona de eixos estruturais que permite edifícios sem limite de altura, estão trechos de Perdizes, Vila Buarque, Vila Mariana, Jardim Anália Franco e Vila Nova Conceição. Essas áreas estão estrategicamente localizadas próximas ao transporte público, o que favorece o desenvolvimento da cidade.

A revisão da Lei de Zoneamento foi necessária devido a erros no mapa publicado pela prefeitura na versão final do projeto. A nova revisão, proposta pelo presidente da Câmara, Milton Leite, expandiu as correções para cerca de oito quadras, resultando em mais alterações do que o esperado inicialmente.

Além disso, houve casos em que, mesmo não sendo zona ZEU, houve uma progressão para um zoneamento mais permissivo. Por exemplo, na região próxima ao Jockey Club, áreas exclusivamente residenciais foram modificadas para zonas mistas, permitindo a construção de prédios residenciais e empresariais de até 28 metros de altura.

O vereador Rodrigo Goulart, relator da revisão do zoneamento, destacou que as mudanças visam tornar a legislação urbana aplicável. Por outro lado, a vereadora Luna Zarattini criticou a retomada da revisão da Lei de Zoneamento, alegando falta de transparência no processo ao incluir diversos projetos urbanísticos na última sessão do semestre.

Além das questões de zoneamento, a Câmara aprovou alterações nas regras para construção de prédios em grandes territórios da região central e das zonas oeste e sul, bem como a criação de novos parques na cidade. Essas mudanças representam um marco na configuração urbanística da capital paulista e apontam para um futuro de maior verticalização em bairros estratégicos.

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