Segundo a diretora da subsede de Santo André da Apeoesp, Maíra Machado, mais de 20 escolas foram representadas no protesto, tanto por professores quanto por estudantes, juntamente com entidades estudantis, sindicatos e trabalhadores. “Foi um movimento que envolveu uma série de entidades estudantis, sindicatos e movimentos secundaristas que são contra a escola cívico-militar, contra o novo Ensino Médio imposto pelo governo Tarcísio e também contra o arcabouço fiscal”, explicou Maíra.
Durante a manifestação, os participantes também prestaram homenagens ao jovem Lucas Eduardo Martins dos Santos, de 14 anos, cujo desaparecimento está sendo investigado, com possíveis envolvimentos de policiais militares afastados de suas funções nas ruas. “Uma das marcas fortes do ato foi relembrar o assassinato do Lucas, que foi encontrado morto. Não aceitamos polícia nas escolas e vamos continuar mobilizando forças para evitar que isso ocorra”, ressaltou Maíra.
O protesto contou com gritos de resistência, cartazes e faixas que refletiam a indignação dos presentes em relação à presença de militares nas instituições de ensino. O movimento mostrou a união e determinação dos professores, alunos e demais profissionais da educação em defender um ambiente escolar livre de interferências militares. A mobilização continua e a luta contra a implementação do Programa Escola Cívico-Militar segue sendo uma pauta importante para a comunidade educacional em Santo André.
