O advogado de Alicia, Sérgio Ricardo Stocco Caodaglio Giolo, afirmou que irá recorrer da condenação, alegando que a estudante foi condenada sem ter praticado o crime de estelionato que lhe foi imputado. Segundo a defesa, as provas de inocência de Alicia, como os depoimentos e mensagens eletrônicas trocadas entre os membros da comissão de formatura, foram desconsideradas.
A defesa também questionou a pena de cinco anos de regime semiaberto, argumentando que não atendeu aos parâmetros das regras gerais legalmente estabelecidas. Alicia, descrita como estudante residente do curso de medicina da USP, foi acusada de exigir que os pagamentos dos alunos fossem transferidos para sua conta bancária pessoal, ocultando do conhecimento dos colegas.
As investigações da Polícia Civil revelaram que Alicia utilizou o montante desviado em benefício próprio, realizando compras de celular, relógio, aluguel de veículo, custeio de estadia e investimento financeiro. Além disso, em julho de 2022, a estudante tentou realizar apostas na Lotofácil, faturando um total de R$ 326 mil em premiações.
O juiz responsável pela sentença destacou que Alicia traiu a confiança de seus colegas, desviando recursos que pertenciam à turma de medicina, o que foi considerado mais grave do que o estelionato contra desconhecidos. A festa de formatura da turma foi custeada pela empresa que gerenciava o dinheiro arrecadado. A FMUSP se recusou a comentar sobre o caso quando contatada pela imprensa.