Resistência ao uso de biocombustíveis diminui entre países do G20, afirma embaixador brasileiro André Corrêa do Lago.

Em uma conferência do T20 realizada no Rio de Janeiro, o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério de Relações Exteriores (MRE), embaixador André Corrêa do Lago, abordou a resistência encontrada no âmbito do G20 em relação à pauta dos biocombustíveis. Segundo o embaixador, países com extensões territoriais reduzidas demonstram receio quanto ao uso de terras agricultáveis para a produção desses insumos.

Corrêa do Lago enfatizou a necessidade de desmitificar esse tema, que vem sendo cada vez mais discutido e compreendido. Ele também mencionou que a questão do SAF (combustível de aviação sustentável) tem contribuído para a diminuição da resistência. Além disso, destacou que a União Europeia é um dos principais atores que resistem a apoiar incentivos aos biocombustíveis, mas ressaltou que os países do bloco já absorvem toda a produção de etanol de segunda geração, o que representa um avanço significativo na pauta.

O embaixador informou que os membros da Aliança Global para Biocombustíveis, formada por Brasil, Índia e Estados Unidos, estão bastante alinhados, o que fortalece a posição desses países dentro do G20. Ele também abordou a preocupação dos países europeus em relação à substituição de alimentos por biocombustíveis, afirmando que relatórios da FAO mostram que não há escassez na produção de alimentos no mundo.

Corrêa do Lago ressaltou a importância de desmistificar esses temas e destacou que, apesar do aumento do consumo de alimentos devido ao crescimento da classe média global, a produção de alimentos é suficiente. A sua participação na conferência do T20 foi fundamental para abordar essas questões e promover o debate em torno dos biocombustíveis no contexto internacional.

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