Novo cenário pós-pandêmico: Empresas migram para os céus do centro de São Paulo em busca de novas oportunidades

No centro histórico de São Paulo, um fenômeno pós-pandêmico tem chamado a atenção dos especialistas e da população em geral. Mesmo com um aumento de 40% no número de empresas que iniciaram atividades na região central entre 2019 e 2023 e uma queda de 10% nos encerramentos anuais, ainda é possível observar muitos estabelecimentos fechados.

O contraste entre o topo dos prédios e o térreo é nítido, com o Mosteiro São Bento refletindo essa realidade. As empresas estão se instalando do primeiro andar para cima, segundo Roberto Ordine, presidente da Associação Comercial de São Paulo. Esse movimento de verticalização dos negócios tem sido uma tendência na região central da cidade.

Números levantados pela Secretaria Municipal da Fazenda mostram que o comércio varejista representa grande parte dos negócios ativos no centro. No entanto, essa realidade está mudando, com a abertura de empresas de saúde, escritórios e diversos outros segmentos. A modernização dos edifícios, isenção parcial de IPTU e redução de impostos têm estimulado a chegada de novos empreendimentos à região.

Um exemplo desse movimento é a inauguração da casa noturna Ephigenia, localizada no 22º andar de um edifício no centro da cidade. O empresário Exequiel Felipelli encontrou uma oportunidade única para oferecer aos seus clientes uma vista panorâmica da megalópole paulistana. Apesar dos desafios relacionados à segurança, o local tem atraído um público interessado nessa experiência diferenciada.

A expansão dos negócios no centro também tem impactos positivos na economia e na geração de empregos. A ABT prevê a abertura de cerca de 10 mil novos postos de trabalho nos próximos dois anos na região da Sé e República. A segurança, tanto física quanto jurídica, tem sido fundamental para atrair investimentos e garantir o desenvolvimento sustentável da região.

Com a chegada de novos empreendimentos e a requalificação urbana em andamento, a expectativa é de que o centro de São Paulo se torne um polo econômico e cultural ainda mais vibrante. A presença de moradores permanentes na região é essencial para a sustentabilidade do comércio local. Enquanto alguns estabelecimentos relatam melhorias em seus negócios, outros ainda enfrentam desafios para se recuperar completamente.

A perspectiva é de que, com o apoio do poder público e a colaboração dos empresários e da população, o centro histórico de São Paulo se consolide como um importante centro comercial e cultural da cidade, atraindo cada vez mais investimentos e contribuindo para o crescimento econômico e social da região.

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