Entre as medidas sugeridas pelas parlamentares está a ampliação do financiamento público para promover a igualdade de gênero, a inclusão dos direitos das mulheres nas políticas e orçamentos dos países do G20, além da valorização do trabalho não remunerado de cuidados e doméstico. Também foi recomendada a adoção de cotas e reservas de assentos para aumentar a presença feminina no poder e alcançar a paridade em cargos eletivos e administrativos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, presente no evento, anunciou que levará a proposta de realização de reuniões de parlamentares mulheres antes dos encontros anuais do G20 para a reunião que ocorrerá em novembro em Brasília. Ele também defendeu a criação de uma gradação para as cotas de candidaturas femininas nos legislativos municipais, estaduais e federal, em vez da atual obrigação de 30% que, muitas vezes, não resulta em representatividade.
Lira ressaltou que, atualmente, apenas 18% das cadeiras na Câmara dos Deputados são ocupadas por mulheres, enquanto a média dos países do G20 é superior. O encontro também contou com a presença de representantes da ONU, ONU Mulher, Mercosul, União Europeia e União Interparlamentar.
A participação ativa e decidida das parlamentares na elaboração da “Carta de Alagoas” mostra um avanço significativo na luta pela igualdade de gênero e pela representatividade feminina na política. Medidas concretas e eficazes são essenciais para garantir que as mulheres ocupem espaços de poder e influência, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.
