Greves e paralisações nos ônibus urbanos de São Paulo: um histórico de mobilizações e reivindicações trabalhistas nos últimos anos.

Jornalista

A cidade de São Paulo, conhecida pelo intenso tráfego de veículos e a extensa malha de transporte público, tem enfrentado nos últimos anos uma série de greves e paralisações nos ônibus urbanos. O histórico desses movimentos trabalhistas evidencia a insatisfação e as reivindicações dos motoristas e cobradores que atuam nesse sistema de transporte tão essencial para milhões de paulistanos.

Em 2022, por exemplo, os trabalhadores do setor protagonizaram duas greves em um curto intervalo de apenas duas semanas. A primeira paralisação ocorreu em junho e durou quase 14 horas, afetando cerca de 6.500 ônibus de 713 linhas da capital paulista. O trânsito na cidade ficou caótico, prejudicando o deslocamento de uma parcela significativa da população. A paralisação só chegou ao fim depois que o sindicato patronal concordou em pagar retroativamente o aumento salarial de 12,47% reivindicado pelos trabalhadores.

Pouco tempo depois, uma nova greve de 24 horas mobilizou os motoristas e cobradores, que exigiam hora de almoço remunerada e o pagamento de PLR. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou veementemente o movimento grevista, que foi considerado abusivo pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região.

Manifestações pontuais também foram registradas em terminais de ônibus, como a ação de motoristas e cobradores que bloquearam a saída de ônibus em protesto pelo pagamento da participação nos lucros. Demissões indevidas também motivaram paralisações em garagens de empresas de ônibus, afetando a circulação de 33 linhas na zona norte da cidade.

Esses episódios de greves e paralisações refletem a tensão existente entre os trabalhadores do transporte público e as empresas do setor, evidenciando a importância de um diálogo constante para evitar que a população seja prejudicada por conflitos trabalhistas no sistema de ônibus urbanos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo