Greve dos motoristas de ônibus em São Paulo: impasse nas negociações mantém paralisação prevista para quarta-feira.

Motoristas de ônibus em São Paulo decidiram entrar em greve a partir da meia-noite de quarta-feira, 3 de julho, paralisando as atividades na capital paulista. O movimento, liderado pelo SindMotoristas, representa os motoristas, cobradores e demais funcionários do setor de transporte público.

Após duas reuniões entre os trabalhadores e os representantes das empresas na terça-feira, 2 de julho, ainda não houve acordo. O SPUrbanuss, sindicato que representa as empresas, apresentou uma proposta de reajuste salarial de 3,60%. Entretanto, o SindMotoristas está em campanha salarial há mais de um mês e permanece em busca de melhores condições para a categoria.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) concedeu uma liminar determinando que, em caso de greve, 100% dos ônibus devem operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos. Além disso, foram estabelecidas multas caso as determinações não sejam cumpridas.

Durante as reuniões do dia 2 de julho, mediadas pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo e pela Justiça do Trabalho, os sindicatos discutiram as demandas dos trabalhadores e as propostas das empresas. No entanto, os pontos ainda não foram totalmente acordados.

As negociações entre os representantes das empresas e dos trabalhadores se arrastam há meses. No mês passado, uma possível greve foi adiada após um acordo ser alcançado em audiência de conciliação. No entanto, as demandas dos trabalhadores não foram totalmente atendidas, levando a uma nova decisão de greve por parte do SindMotoristas.

As principais reivindicações dos trabalhadores incluem a redução da jornada de trabalho, aumento salarial, benefícios como participação nos lucros e resultados e melhores condições de trabalho. Enquanto as negociações continuam, a população de São Paulo aguarda a resolução do impasse para garantir a continuidade do transporte público na cidade.

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