De acordo com a decisão do juiz, durante os horários de pico, a frota de ônibus deverá circular em sua totalidade, das 6h às 9h e das 16h às 18h. Nos demais horários, os motoristas devem manter metade da frota operando. O Sindmotoristas, que representa os trabalhadores do sistema de ônibus, ainda não se pronunciou após a audiência de conciliação.
O motivo da greve está relacionado às reivindicações dos trabalhadores, que incluem um reajuste salarial de 3,6%, jornada de trabalho de 6h30min trabalhadas com 30 minutos de intervalo remunerado, ticket refeição mensal no valor diário de R$ 38, participação nos lucros e resultados, cesta básica, seguro de vida e outros benefícios.
A assembleia que aprovou a greve aconteceu na última sexta-feira (28), e até o momento não houve convocação para uma nova assembleia a fim de analisar a oferta dos patrões. A Prefeitura de São Paulo e a SPTrans solicitaram que 100% da frota esteja disponível nos horários de pico e 80% nos demais horários do dia, pedido parcialmente atendido pela decisão do juiz.
Com cerca de 60 mil trabalhadores representados pelo Sindimotoristas e uma frota de aproximadamente 13,3 mil veículos na cidade, a paralisação dos motoristas de ônibus pode afetar os mais de 7 milhões de passageiros que dependem desse meio de transporte diariamente. O sindicato patronal, SPUrbanuss, espera que o bom senso prevaleça entre os trabalhadores para evitar transtornos à população.