Ex-presidente de comissão de formatura da USP é condenada por desviar quase R$ 1 milhão dos colegas em São Paulo

A ex-aluna da Universidade de São Paulo (USP), Alicia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, acusada de desviar quase R$ 1 milhão do fundo da formatura de seus colegas, foi condenada por estelionato pela Justiça de São Paulo. A sentença foi proferida nesta terça-feira (2), impondo a pena de cinco anos de reclusão, com possibilidade de recurso.

O julgamento ocorreu na 7ª Vara Criminal da Capital, e a defesa de Veiga não concedeu entrevista à imprensa até o momento da redação desta notícia. O juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, responsável pelo caso, determinou que a ré deve pagar uma indenização às vítimas no mesmo valor do prejuízo causado.

De acordo com os autos do processo, a ex-aluna se aproveitou de sua posição como presidente da comissão de formatura para direcionar os pagamentos da empresa organizadora do evento para sua própria conta bancária, sem o conhecimento dos colegas, usando o dinheiro para benefício pessoal.

Segundo o juiz Balbone Costa, a ré elaborou um plano para se apossar do montante arrecadado durante meses, proveniente das contribuições dos colegas, visando obter lucro para si mesma. Os desvios do fundo de formatura da turma de medicina se tornaram públicos em janeiro de 2023, quando Veiga admitiu ter investido parte do dinheiro em uma corretora, alegando ter sido vítima de um golpe, versão posteriormente desmentida.

Durante o depoimento à polícia, Alicia Veiga afirmou que perdeu o valor investido por falta de conhecimento em finanças, passando a jogar na loteria na tentativa de recuperá-lo. A investigação revelou que a ex-aluna utilizou parte do dinheiro desviado para cobrir despesas pessoais, realizando nove transferências do fundo de formatura para suas contas pessoais entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.

Diante das irregularidades, a empresa responsável pela organização da festa de formatura dos estudantes de medicina da USP se comprometeu a absorver o prejuízo de R$ 920 mil e realizar o evento sem custo adicional para os formandos, após investigação do Procon.

O caso de Alicia Dudy Muller Veiga chama atenção para a importância da transparência e responsabilidade ao lidar com recursos coletivos, reforçando a necessidade de fiscalização e prestação de contas em casos semelhantes. A condenação da ex-aluna da USP evidencia as consequências legais e éticas de condutas fraudulentas, demonstrando a gravidade dos desvios cometidos e a necessidade de punição conforme a legislação vigente.

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