Dez anos sem abraçar: a longa jornada do luto pela perda do pai.

Há exatos 10 anos que um pai partiu deste mundo, deixando uma ferida aberta em seu filho. O tempo passa, mas a ausência continua a ecoar, como um fantasma silencioso no subconsciente. Não se trata de 24 horas, mas sim de 87 mil horas de saudade, de memórias congeladas em um passado que insiste em ressurgir.

A partida repentina desse pai querido foi marcada por sofrimento e desamparo. As dores físicas e emocionais foram apenas o início de uma jornada árdua e solitária. A descoberta tardia de complicações causadas pela Diabetes trouxe à tona uma realidade cruel e implacável.

A luta pela sobrevivência foi travada em hospitais precários, em corredores gelados e desumanos. A espera por um leito na UTI se transformou em uma prova de resistência e desesperança. A cada dia no hospital era um passo mais profundo na escuridão da perda.

Agora, 10 anos depois, o luto ainda ecoa na alma daquele filho que busca reconstruir os pedaços de um pai ausente. Nas lembranças, nas histórias contadas à beira do muro, ele encontra forças para seguir em frente. A terapia é seu refúgio, onde pode ressignificar a dor e transformar a saudade em amor.

A vida seguiu, mas a falta desse pai é uma presença constante. Em cada dia sem ele, em cada memória compartilhada, ele encontra um novo significado para a existência. A visita ao túmulo é um ato de respeito e devoção, uma forma de conectar-se com o passado e com as raízes que o sustentam.

Nesses 10 anos de ausência, o filho aprendeu a conviver com a dor, a transformá-la em força e em esperança. O tempo não cura todas as feridas, mas traz consigo a promessa de um novo amanhecer, onde o pai vive eternamente na memória e no coração daquele que nunca o esquecerá. O amor transcende a morte e se torna alicerce para um recomeço, um novo capítulo nessa jornada de saudade e saudade.

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