Essa situação alarmante colocou o mês de junho como o pior em termos de área queimada, superando até mesmo a média registrada em setembro, quando o bioma queima cerca de 406 mil hectares. No total acumulado de 2024, estima-se que 712.075 hectares tenham sido atingidos pelo fogo, o que corresponde a 4,72% do Pantanal.
Diante desse cenário caótico, o governo federal criou uma sala de situação para lidar com a crise ambiental. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, apontou que a origem desse problema está ligada à ação humana, com focos de incêndio gerados por essa interferência e áreas desmatadas que facilitam a propagação das chamas. A Polícia Federal já investiga a autoria de pelo menos 18 focos de incêndio.
Em uma coletiva de imprensa, o ministério divulgou um boletim com o balanço da situação das queimadas no Pantanal, indicando que o controle do fogo está mais difícil devido a fatores climáticos extremos, como seca e altas temperaturas. A maior parte da área queimada está em propriedades privadas, seguida por terras indígenas e unidades de conservação.
Atualmente, as ações de combate ao fogo envolvem 34 frentes, com a mobilização de mais de 500 pessoas entre os governos federal e estadual do Mato Grosso do Sul. Desde janeiro de 2024, medidas de prevenção e combate ao fogo foram sendo adotadas, como a declaração de emergência ambiental no Pantanal em abril. A situação continua crítica, exigindo esforços conjuntos para preservar esse importante bioma brasileiro.