Durante a cerimônia, a senadora Teresa Leitão fez questão de destacar a importância dos ideais de liberdade e soberania defendidos por Frei Caneca, enfatizando a necessidade de resgatar esse legado em um cenário político atual que muitas vezes tenta reduzir os cidadãos a meros obedientes. Já a governadora Raquel Lyra ressaltou que os valores democráticos e de liberdade estão enraizados na cultura pernambucana, lançando inclusive o edital do Concurso para o Prêmio Frei Caneca de Teatro com uma premiação significativa de R$ 300 mil.
Além disso, várias ações foram apresentadas durante o evento, como um selo postal comemorativo em parceria com os Correios, programação de eventos científicos, ações na Universidade de Pernambuco (UPE), a reedição da obra “Frei Joaquim do Amor Divino Caneca”, de Edvaldo Cabral de Mello, pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), e uma cartilha para os professores dos anos finais da rede estadual.
O encerramento da cerimônia foi marcado pela apresentação do espetáculo “Frei Caneca – 200 anos da Confederação do Equador”, com direção de Carlos Carvalho e produção de Paulo de Castro. Diversas autoridades também estiveram presentes, como a vice-governadora Priscila Krause, o ex-governador de Pernambuco Gustavo Krause, deputados estaduais, o prefeito de Olinda professor Lupércio, representantes do Tribunal de Contas e do Tribunal de Justiça de Pernambuco, secretários estaduais e a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Renata Borba.
As comemorações previstas para os próximos dias incluem uma série de palestras no Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico do Estado, em Recife, abordando diversos aspectos ligados à Confederação do Equador. A comissão temporária criada em 2023 para organizar as atividades de comemoração do bicentenário continuará suas ações até março de 2025, envolvendo diversos senadores, como Humberto Costa, Fernando Dueire, Jussara Lima e André Amaral.
O movimento revolucionário da Confederação do Equador, que eclodiu em 1824, foi fortemente marcado pela luta contra a monarquia de Dom Pedro I e pela defesa de um regime republicano. O evento em Olinda trouxe à tona a importância histórica desses acontecimentos e a necessidade de valorizá-los como parte fundamental da construção da identidade nacional.
