Segundo informações da Cnen, a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que abriga as usinas Angra 1 e Angra 2, já armazena rejeitos radioativos como ferramentas e uniformes contaminados em galpões nas proximidades das usinas. Esses materiais são isolados em tonéis de aço e pequenos contêineres para serem levados à Central de Gerenciamento de Rejeitos (CGR). Atualmente, existem cerca de 7,9 mil volumes armazenados no local.
Os galpões das usinas de Angra possuem capacidade para receber material até 2030. Caso não haja uma solução da Cnen até 2028, a Eletronuclear, estatal responsável pela operação das usinas, buscará alternativas no próprio terreno da central nuclear. O Projeto Centena prevê um período de operação da instalação de 60 anos, seguido por 300 anos de monitoramento após o fechamento.
A coordenadora técnica do Projeto Centena, Clédola Cássia Oliveira de Tello, destacou que a implantação passará por diversas fases de licenciamento, desde a escolha do local até a operação. A previsão é de que o Centena entre em operação no final de 2028 ou início de 2029, sem divulgação do local exato no país.
Além disso, foi mencionado que países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e África do Sul já possuem repositórios de rejeitos radioativos. A atividade nuclear não se restringe apenas à geração de energia, sendo também utilizada em outras indústrias, como a de medicina e alimentícia. O Brasil também enfrenta desafios relacionados à renovação da licença da usina nuclear Angra 1, com investimentos necessários para garantir a segurança e a extensão da vida útil do empreendimento.