Posicionado em frente a um bar chamado Pit Stop, liguei para o número 156 e aguardei orientações para ser encaminhado a um albergue com vagas. Mesmo com várias vans da prefeitura passando pela via, nenhuma parou para me levar. Foi então que um grupo de assistentes sociais identificou minha necessidade e me encaminhou para o Centro de Convivência Rodrigo Silva, na praça Carlos Gomes.
Ao chegar ao abrigo, deparei-me com um pátio repleto de pessoas, todas aguardando por refeições e alojamento. A funcionária da recepção informou que minha situação só seria resolvida no próximo turno, às 19h. Enquanto esperava, juntei-me à fila para almoçar, onde fui surpreendido com uma refeição simples, porém saborosa.
O local oferecia estruturas básicas, como banheiro, máquinas de lavar roupa e chuveiros compartilhados. As atividades no abrigo eram direcionadas para o desenvolvimento de habilidades sociais e contava com uma equipe de 17 funcionários. O ambiente, apesar das filas, era organizado e pacífico, com os usuários colaborando para manter a ordem.
À noite, as camas eram distribuídas no refeitório, transformando-o em um dormitório improvisado. Recebi lençol, cobertor e travesseiro, e preparei-me para dormir, mantendo meus pertences seguros. A rotina do abrigo iniciava cedo, com o café da manhã sendo servido às 7h20 para a multidão de moradores de rua e indivíduos carentes presentes.
Após a primeira refeição do dia, decidi encerrar minha experiência no Centro de Convivência Rodrigo Silva, observando a diversidade dos usuários e a solidariedade presente no ambiente. Fui embora, refletindo sobre as condições enfrentadas por aqueles que dependem desses abrigos e a importância do suporte oferecido pela prefeitura.