Repórter São Paulo – SP – Brasil

Tragédia no Rio Grande do Sul: Família aguarda há 2 meses para enterrar parentes vítimas da maior catástrofe ambiental da região.

No interior do Rio Grande do Sul, a pequena família Brino viveu momentos de desespero e angústia após serem atingidos pela maior catástrofe ambiental da região. Luana Brino, de 23 anos, viu seis familiares perderem a vida em uma única tarde, em um deslizamento de rochas e lama que cobriu sua propriedade. A tragédia tirou a vida de seu sogro, Dorly, sua sogra, Janice, e seus pais, Elírio e Erica. Além disso, duas netas do casal idoso, Maria Eduarda e Gabriela, também faleceram devido ao desastre.

A espera por encontrar os corpos dos três desaparecidos – Elírio, Erica e Janice – tornou-se uma tortura para a família, que anseia pelo momento do velório para poder se despedir adequadamente. A dor da perda de tantos entes queridos é agravada pela incerteza do paradeiro dos corpos, deixando Luana e Eduardo sem respostas.

A busca pelos desaparecidos prossegue na região, com autoridades ainda empenhadas em localizar todas as vítimas da tragédia. O número de desaparecidos diminuiu desde o auge da crise, mas ainda há 34 pessoas sem paradeiro conhecido.

O delegado Mario Souza, responsável pelas investigações, garante que as buscas continuarão até que todas as ocorrências sejam esclarecidas, seja pela localização dos corpos ou pela decretação de morte presumida. O trabalho sensível e complexo para encontrar os desaparecidos envolve todo o apoio da Polícia Civil e das autoridades locais.

A cidade de Roca Sales, palco da tragédia que vitimou a família Brino, já havia sido afetada por enchentes em setembro do ano anterior, mostrando a vulnerabilidade da região a desastres naturais. O prefeito Amilton Fontana destaca a importância de seguir os alertas da Defesa Civil e as medidas de evacuação para prevenir novas tragédias.

No Vale do Taquari, o desastre deixou marcas profundas na comunidade, com muitas famílias enlutadas e em busca de respostas. A solidariedade e o apoio mútuo se tornam essenciais nesse momento de luto e reconstrução após a maior catástrofe ambiental da história do Rio Grande do Sul.

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