A greve dos servidores ambientais mantém apenas algumas atividades em regime especial, voltadas principalmente para emergências, como o combate aos incêndios no pantanal e às chuvas no Rio Grande do Sul. A área de fiscalização também foi incluída nesse regime especial, mas apenas para casos de emergências ou risco à vida.
Nesta segunda-feira, os servidores realizaram um protesto em frente ao Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, entregando uma carta à chefe da pasta, Marina Silva. O documento, assinado pelos 98 novos analistas ambientais do órgão, solicita o apoio da ministra à mobilização.
A demanda por valorização dos profissionais do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Serviço Florestal e ICMBio vem desde o final de 2022, durante a transição para o terceiro governo de Lula. Os servidores argumentam que a carreira foi sucateada e assediada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas mesmo assim resistiu ao desmonte da política ambiental.
Após meses de negociações pela reestruturação da carreira sem chegar a uma conclusão, a mobilização dos servidores alcança agora diversos estados brasileiros. A última proposta de reestruturação apresentada pelo governo não foi aceita pelos trabalhadores, resultando na continuidade da greve e na manutenção das atividades apenas em áreas de emergência.
Diante desse cenário, a greve dos servidores ambientais se mantém como uma forma de pressionar o governo para atender suas reivindicações e garantir melhores condições de trabalho para a categoria.